Para muitas pessoas a vida no exterior se apresenta como uma rota de fuga. Essa fuga pode estar relacionada à convivência com pessoas tóxicas, a violência física, a uma condição de vida não favorável economicamente, dentre tantos outros fatores que podem fazer com que o indivíduo deseje deixar o lugar onde vivia.
Não é incomum encontrar entre os brasileiros que vivem no exterior, histórias de pessoas que escolheram sair do Brasil com o objetivo de fugir do seu contexto familiar.
Muitas pessoas experenciavam tratamento desrespeitoso ou inadequado dos membros da família, ou seja, sofriam violência psicológica dentro de suas casas, por conta de sua escolha de vida, seus gostos pessoais ou por sua orientação sexual.
Nesse ambiente de incompreensão e isolamento dentro do seu próprio lar, a pessoa entende que sair daquela casa é a oportunidade que precisava para se livrar das falas e atitudes negativas dos seus familiares.
Existem casos de pessoas que além de terem vivido em um ambiente tóxico ao seu emocional, o lar representava um risco a sua integridade física.
Sim, muitas pessoas que decidiram morar no exterior estavam fugindo de lares violentos, violência que pode ser direta, onde o próprio indivíduo é a vítima da agressão, ou indireta, onde o indivíduo presencia a agressão a outros membros da família.
A violência física e psicológica pode acontecer em qualquer lar brasileiro independentemente da condição sócio econômica da família. Porém, em famílias desfavorecidas socioeconomicamente, esse problema de violência se soma a negligência do Estado e a falta de estrutura que proporcione a essas pessoas uma qualidade de vida minimamente aceitável.
Viver nessas condições extremas dentro dos seus lares faz com que esses indivíduos agarrem a primeira oportunidade para fugir desse cenário.
Para muitos, a situação financeira desfavorável não é considerada um problema, basta se organizar por alguns meses. Assim, a vida no exterior se torna a porta de saída e uma boa desculpa para se retirar daquela condição. Afinal, quem irá criticar o desejo de se aprimorar em uma nova língua, conhecer novas culturas e melhorar de vida.
Para outros, essa fuga de casa pode não ser tão fácil devido as dificuldades financeiras. Assim sendo, muitos se utilizam de ocasiões como demissão e recebimento de rescisão para justificar a necessidade de sair e viver uma experiência fora do Brasil, melhorando as suas possibilidades de empregabilidade ao retornar do intercâmbio.
No caso de pessoas que foram morar no exterior pelas razões que acabamos de descrever, a possibilidade de retorno ao Brasil se torna um fator de ansiedade extremamente importante. Elas fazem de tudo para permanecer no país em que escolheram viver, visto que continuar morando fora é uma justificativa plausível para sua família e representa a sua segurança física, emocional e patrimonial.
Essa impossibilidade de retornar ao contexto familiar faz com que muitos desenvolvam crises de ansiedade ou episódios de depressão, principalmente quando a situação no país onde estão vivendo não está muito boa.
Perceber que não estão tendo o sucesso almejado na nova vida, mas que também não podem retornar ao seio familiar pode afetá-los de maneira profunda.
É importante buscar apoio profissional para tratar as feridas que se criaram em relação a vida que se tinha no Brasil, para que uma nova história, uma vida mais saudável possa ser construída no país em que escolheram viver.
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Quem escreve:

Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui
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