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Morando no exterior: “Não vim para ficar, mas voltar para casa não é uma opção”

Writer's picture: Dra. Camila Couto e Cruz Dra. Camila Couto e Cruz

Inicialmente, a maioria das pessoas que vão para o exterior não pensam em construir uma vida lá fora, em viver definitivamente em um país onde pretendia apenas fazer um intercâmbio de seis meses. Mas, para muitos, os seis meses iniciais acabam se tornando um projeto de vida.


Acontece que não é nada fácil enfrentar o mundo sozinho, construir uma nova história, fazer uma nova rede de amigos, um networking profissional. É preciso desenvolver habilidades que até então você não tinha ou que não precisava ter no Brasil.


O fato de você ter amigos de infância, família e conhecidos por perto traz certas facilidades para a sua vida pessoal e de trabalho. Por outro lado, chegar em um ambiente totalmente novo requer adaptação e lhe obriga muitas vezes, a sair da zona de conforto.


No começo tudo é muito interessante, é novidade, mas, quando a rotina se estabelece e a vida fica mais estruturada, algumas pessoas começam a sofrer com as dificuldades que até então estavam sendo ignoradas.


Alguns imigrantes sofrem discriminação, precisam provar o tempo todo que são capazes, provar que são qualificados. São questões cansativas e desafiadoras, ainda mais para quem está sozinho em um país desconhecido.


Alguns intercambistas realmente cumprem o tempo determinado lá no início ou, no máximo, estendem por mais um ou dois anos a sua estadia fora do Brasil.


Em contrapartida, para algumas pessoas estar fora do Brasil é uma forma de liberdade, de viver sem o julgamento da família.


Geralmente essas pessoas se sentiam oprimidas pela família, viviam em suas casas situações que não eram saudáveis para a sua saúde mental, se sentiam tolhidas e diminuídas por serem elas mesmas.


Podemos incluir nesse grupo aquelas pessoas que sentiam pressão da família e da mídia pela forma de se vestir, por ser muito ou pouco vaidoso (a) ou por estar acima do peso.


No exterior, elas descobrem um mundo que de maneira geral não se importa com a forma como você está vestido e onde é mais fácil de encontrar artigos de moda adequados a todos os biotipos.


Além desses grupos, existem aquelas pessoas que deixaram o Brasil para viver com plenitude a sua sexualidade e aqui estão incluídas as pessoas que se identificam como LGBTQIA+.


Sabemos que mesmo com todas as mudanças ocorridas nos últimos anos, o Brasil ainda é um país muito perigoso para a comunidade LGBTQIA+.


Para essas pessoas que viviam aqui escondidas atrás de uma máscara, sem poder mostrar quem elas são realmente ou sem poder se relacionar com quem elas desejavam, experienciar a liberdade de serem elas mesmas no exterior, levando uma vida mais leve, faz com que elas percebam que voltar para casa, decididamente não é mais uma opção.

Esse também é o caso das pessoas que viviam em lares abusivos, inseguros ou não saudáveis do ponto de vista psicológico, lares onde existia violência física e/ou psicológica.


Para essas pessoas também é muito difícil pensar em voltar a viver no Brasil, ainda que elas não morassem na mesma casa que seus familiares, o fato de estarem próximas geograficamente dessas pessoas acabava gerando um nível de ansiedade que as prejudicavam mentalmente.


Voltar ao Brasil nesse caso pode significar carregar esse peso novamente, portanto, manter a distância acaba se tornando muito mais saudável.


É importante analisar e colocar na balança a sua realidade vivida no exterior, as adversidades enfrentadas diariamente, a dificuldade de se estabelecer enquanto cidadão de direito naquele país.


Também é necessário, avaliar as questões que são problemáticas para você na vida no Brasil.


Algumas vezes, as pessoas criam esse bloqueio e acabam não retornando por medo, mas esquecem que a versão que saiu do Brasil não representa mais quem elas são hoje.


Os obstáculos enfrentados te fizeram adquirir autoconhecimento e bases mais profundas para se estabelecer e sustentar a pessoa que você é perante a sua família e a sociedade.


Mas, lembre-se, até mesmo nos momentos de visitas ao Brasil, essas questões podem aflorar, por isso, é importante que você esteja em um acompanhamento psicológico para lhe ajudar a curar essas feridas, elas provavelmente afetam a sua vida mesmo que você permaneça morando no exterior.


O ambiente terapêutico tende a ser muito saudável na construção de uma vida mais tranquila e alinhada aos seus propósitos e objetivos, independentemente de onde você esteja, no Brasil ou no exterior.


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Quem escreve:

Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui.




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