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Morando no exterior: “Quando penso na minha relação com a família, agradeço por estar longe”

Writer's picture: Dra. Camila Couto e Cruz Dra. Camila Couto e Cruz

Muitas pessoas que vão para o exterior, não se dão conta no início do processo, mas, em verdade, estão buscando se afastar do contexto familiar que para muitos é um ambiente onde elas se sentem inadequadas, causando muita frustração e ansiedade.


A vida no exterior se torna uma desculpa socialmente aceitável para que essa pessoa não esteja convivendo com o seu núcleo familiar.


Ir morar em um país mais desenvolvido traz novas oportunidades, significa crescer profissionalmente, aprender uma nova língua, conhecer uma nova cultura e isso tende a ser valorizado pela própria família nos seus meios sociais.


Ter um filho morando fora do Brasil é motivo de orgulho para muitos pais, torna-se um assunto que eles comentam com amigos e colegas de trabalho, como se fosse uma conquista pessoal.


Como dito anteriormente, a mudança para o exterior vem rotulada como algo positivo que tem a ver com o crescimento pessoal e profissional.


Sendo assim, dificilmente o motivo do afastamento da família, devido à necessidade de proteção da saúde mental, é evidenciado, nem para a própria pessoa que está indo morar fora e nem para os familiares que permaneceram no Brasil.


Para alguns, essa percepção nem sequer chega à consciência mesmo depois de muitos anos. Já para aqueles que com o distanciamento buscam se aprimorar no autoconhecimento, procurando compreender melhor as questões que lhe afligem mesmo após ter saído do seio familiar, os resquícios dos problemas vividos na família acabam reaparecendo em situações vivenciadas no exterior.


Muitas vezes, relações de trabalho com um chefe tirano, por exemplo, podem levar a pessoa a se conectar emocionalmente com as dificuldades de relacionamento com os pais.


Enfrentar problemas em um relacionamento amoroso podem revisitar memórias vividas com a família, onde a pessoa também já experienciou relacionamentos que eram abusivos.


Essas e outras situações servem de gatilhos para que as emoções do passado, aquelas que inicialmente fizeram a pessoa fugir do Brasil, ressurjam com muito mais força, fazendo-a perceber que apenas sair do contexto familiar não foi o suficiente para que ela se “curasse”.


A pessoa se dá conta que essas feridas estão dentro dela e que irão afetá-la onde quer que ela esteja se não forem tratadas com a atenção necessária, ou seja, de forma terapêutica.


Identificar esse processo é o primeiro passo, visto que viver uma vida onde esses sentimentos continuam obscuros significa repetir os padrões familiares que não eram saudáveis.


É nesse momento que o processo terapêutico pode ser um grande aliado para que você consiga abrir a sua caixinha de memórias num ambiente seguro e acolhedor.


Somente assim será possível entrar em contato com as questões dolorosas do passado, desenvolvendo novas ferramentas para lidar de maneira saudável com os desafios que a vida apresenta.


Se você se encontra nessa situação, procure se acolher e não se julgar se em algum momento você acabou replicando um comportamento que você vivenciava e repudiava na sua família.


Lembre-se que o que importa é que você está conseguindo perceber esse movimento e que por conta disso você tem a possibilidade de percorrer um caminho diferente, desenvolvendo formas adequadas para lidar com tudo isso. Iniciando assim um novo ciclo, mas saudável e harmônico com seus descendentes e com as pessoas que compartilham a vida com.


Se você se identificou com os assuntos tratados neste post e gostaria de aprofundar-se no autoconhecimento através da psicoterapia ONLINE, entre em contato comigo clicando aqui. Desta forma eu poderei explicar mais sobre o meu trabalho para você e você poderá tirar dúvidas sobre a psicoterapia ONLINE.


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Quem escreve:


Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui.

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