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Writer's pictureDra. Camila Couto e Cruz

Morando no exterior: "Me mudar pra fora do Brasil não resolveu os meus conflitos familiares"


Muitos brasileiros optam por se mudar para o exterior em busca de novas oportunidades e experiências de vida. No entanto, alguns também decidem se mudar para se afastar de conflitos interpessoais em suas famílias, que muitas vezes podem ser desgastantes e prejudiciais para sua saúde mental e emocional.


Para essas pessoas, a mudança pode ser uma oportunidade de recomeço e de se reconectar consigo mesmas. Ao se afastarem dos conflitos familiares, elas têm a chance de desenvolver novos relacionamentos e se envolver em atividades que as façam felizes, sem o peso emocional desses conflitos.


Embora possa ser difícil se afastar da família, especialmente em um país estrangeiro, muitos brasileiros que optaram por essa mudança afirmam que se sentem mais leves e livres de problemas familiares. Eles podem manter contato com seus entes queridos por meio de chamadas de vídeo e redes sociais, o que torna os conflitos um pouco mais fáceis de se lidar.


Mas, é importante lembrar que a mudança não é a solução para todos os problemas familiares. Por mais que a distância ajude a pessoa a não estar convivendo diariamente com as pessoas que abalam o seu equilíbrio emocional, os relacionamentos tóxicos familiares podem se perpetuar através de cobranças e joguinhos psicológicos, que também podem ser feitos nos contatos através da internet.


Infelizmente, as famílias podem ser tóxicas, mesmo à distância. Isso pode acontecer quando os relacionamentos familiares são marcados por problemas crônicos, como abuso emocional, negligência ou conflitos não resolvidos. Mesmo quando as pessoas estão fisicamente distantes, essas dinâmicas tóxicas podem continuar a afetar a saúde emocional e mental dos envolvidos.


Por exemplo, pode haver pressão para manter contato constante, cobranças excessivas e críticas injustas. É importante lembrar que é possível estabelecer limites saudáveis e se proteger dessas dinâmicas, mesmo à distância, para preservar a própria saúde mental e emocional. Em alguns casos, pode ser necessário limitar o contato com membros da família que apresentem comportamentos tóxicos persistentes, para evitar agravar ainda mais os problemas e para buscar o bem-estar pessoal.


É essencial que esses conflitos sejam abordados de maneira saudável e respeitosa, para que a relação com a família possa ser mantida e fortalecida ao longo do tempo.


Nesse processo, buscar apoio psicológico é fundamental para lidar com tais conflitos. A psicoterapia pode ajudar a desenvolver habilidades para não se deixar levar pelos padrões disfuncionais da sua família e a criar formas saudáveis de se comunicar quando um conflito se apresenta.


Além disso, o espaço terapêutico oferece a segurança e a confidencialidade necessárias para expressar os sentimentos e pensamentos, sem julgamentos. Isso pode ser particularmente útil quando se está longe da sua rede de apoio e sente que não tem com quem conversar a respeito dos seus problemas mais íntimos.


É importante lembrar que a terapia pode ser feita remotamente, por meio de videochamadas, o que significa que mesmo quem está em outro país pode acessar esse tipo de apoio. O investimento em apoio psicológico pode ajudar a manter a saúde mental e emocional, fortalecendo a capacidade de gerenciar os conflitos e manter a relação com a família de uma forma saudável.


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Quem escreve:


Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui.

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