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Morando no Exterior: “Me sinto presa no meu mundo interno porque não tenho com quem conversar”


A vida das pessoas que moram fora do Brasil, longe da sua família e da sua rede de apoio, normalmente é uma vida bem diferente daquela que elas tinham no seu país.


Por menor que fosse o círculo de amizade dessas pessoas ou por mais introvertidas que elas fossem, ao longo de suas vidas elas tiveram tempo suficiente para construir relações de amizades mais profundas com pelo menos uma ou duas pessoas.


E mesmo se elas não tivessem amigos íntimos, sempre teria algum membro da família com o qual elas teriam maior afinidade e se sentiriam à vontade para conversar sobre seus assuntos pessoais.


Em alguns casos a pessoa de referência poderia ser um professor, um vizinho, ou o porteiro do prédio, as pessoas mais velhas que possuem mais experiência, muitas vezes conseguem perceber a dificuldade ou os problemas que os outros estão enfrentando.


Ao se mudar para o exterior, toda essa rede de apoio original acaba ficando para trás e, nesse novo lugar onde as pessoas não se conhecem, não há ninguém capaz de observar essas mudanças de comportamento.


Ou seja, o tempo de convivência torna as pessoas mais íntimas e nesse novo país ainda não houve tempo suficiente para criar tal intimidade.


Muitas das experiências vividas no exterior são completamente diferentes da realidade das pessoas que vivem no Brasil.


A diferença cultural ou as dificuldades relacionadas ao aprendizado com o idioma, são problemas enfrentados pelos imigrantes e que dificilmente a sua rede de apoio que ficou no Brasil será capaz de compreender ou de ajudar.


Além disso, existe a percepção de que a vida de quem mora no exterior é perfeita, já que os problemas sociais e econômicos vividos no Brasil são muito mais profundos do que os que se experimenta num país de primeiro mundo.


O que o brasileiro que mora no exterior compartilha nas suas redes sociais, que normalmente é a melhor parte da sua vida, acaba contribuindo para essa visão de vida maravilhosa, fazendo com que as pessoas enxerguem a vida do imigrante como um conto de fadas.


Dessa forma, o brasileiro que vive no exterior se vê num lugar com poucas oportunidades de compartilhar os seus verdadeiros anseios, problemas e decepções, pois ainda não possui uma rede de amigos estabelecida nesse novo país.


Todas essas questões fazem com que as pessoas se sintam realmente presas nos seus mundos internos, sem ter com quem dividir aquilo que elas experienciam no campo das emoções e sentimentos.


Seus pensamentos em muitos momentos parecem se acumular e a pessoa tem a sensação de que está rodando em círculos, sem conseguir chegar a uma resolução das questões que lhe afligem.


É importante parar para perceber que seja no novo círculo de amizade com quem ainda não se tem tanta intimidade ou no círculo original, das pessoas que ficaram no Brasil, sempre existirá alguém que mesmo de uma maneira minimalista poderá oferecer algum tipo de ajuda.


Até mesmo porque, as pessoas desse novo círculo de amizade criado no exterior também vivenciam as mesmas dificuldades e, sendo assim, podem entender o que você está passando e lhe ajudar.


Por outro lado, embora os familiares e amigos que ficaram no Brasil não participem do seu dia a dia, eles lhe conhecem profundamente e se importam com você.


Talvez seja a hora de tentar vencer o medo de se abrir para os novos amigos e mostrar um pouco da sua fragilidade, pode ser que essas pessoas também estejam vivenciando as mesmas situações que você e mesmo que vocês não se conheçam profundamente, juntos poderão superar mais facilmente as dificuldades de adaptação.


Do mesmo modo, as pessoas que estão no Brasil mesmo não compreendendo plenamente a situação que você está vivendo no momento, são pessoas que te amam e te conhecem muito bem, podendo lhe ajudar com base no que elas já viveram com você.


É necessário entender que por mais isolado que você se sinta, existem pessoas a quem você pode recorrer nos momentos de necessidade, porém, se você não se sente à vontade para buscar alguém do seu convívio, você pode procurar o apoio de um profissional.


O apoio psicológico pode ser o caminho para lhe auxiliar a viver uma vida mais leve, adaptando-se aos novos desafios da vida no exterior.


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Quem escreve:


Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui.


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