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Morando no exterior: “Será que vale a pena casar por causa de um visto?”


A vida no exterior é muito difícil, as pessoas enfrentam problemas que podem estar relacionados ao trabalho, ao estudo, a questão financeira e, muitas vezes ainda existe a dificuldade de lidar emocionalmente com todas essas questões juntas.

Por conta de tudo isso, muitas pessoas que estão em um relacionamento, acabam tomando a decisão de “se juntar” com o companheiro(a), como uma forma de facilitar a vida.

Isso acontece porque muitas pessoas que anteriormente estavam solteiras, viviam em apartamentos compartilhados, com pouca privacidade, tendo que conviver com pessoas com as quais elas não tinham muita afinidade ou que algumas vezes tinham até conflitos.

Alugar uma casa para morar com a pessoa que está namorando, representa uma melhora de vida para ambos os lados.

Acontece que essa decisão, mesmo parecendo prática num primeiro momento, pode não ser a escolha mais assertiva. Do ponto de vista das emoções é preciso parar para pensar em tudo que envolve essa mudança.

Compartilhar a vida com outra pessoa, requer uma maturidade não só de cada um dentro da relação, mas dos dois como casal, e, muitas vezes o que acontece nesses casos, é que por ser a escolha mais fácil no momento, o casal decide morar junto numa fase muito inicial do relacionamento, onde eles ainda não têm certeza se querem assumir esse compromisso tão importante.

Muitas vezes as pessoas tomam decisões no auge das emoções, sem perceber que a relação não está madura o suficiente para um passo tão grande. Afinal de contas, morar juntos, acordar juntos diariamente, dividir as tarefas e as contas da casa, nada mais é do que um casamento.


O tempo vai passando e além de unir as escovas de dente, começa a fazer sentido a ideia de unir os vistos, transformando a relação em uma união estável perante a lei do país onde esse casal reside.


Isso tende a trazer muitos benefícios do ponto de vista financeiro, já que os vistos são processos caros e ao aplicar um processo único de visto como casal, eles estariam reduzindo praticamente pela metade esse custo.


Além disso, um dos dois teria liberação governamental para trabalhar por mais horas e ainda existe o alívio de se livrar de cursos maçantes que eram pagos somente com o propósito de manter um visto válido naquele país. Todos esses fatores representam uma melhoria financeira.


Esses “benefícios” parecem muito tentadores e realmente tem um lado positivo para o casal, porque aparentemente só há vantagens.


Mas, por outro lado, esse grande passo representa um comprometimento ainda maior no projeto de vida do casal, na relação que esse casal tem com a família um do outro, e no planejamento da vida juntos a longo prazo.


A decisão de casar-se, deveria vir do amadurecimento da relação, do amor que se tem um pelo outro e do profundo desejo de construir um relacionamento longevo.


Quando essa decisão não acontece baseada nesses três pilares, esse passo tão importante tende a impor ainda mais dificuldades e dúvidas para aqueles que estão envolvidos, gerando questionamentos e incertezas.


Essas instabilidades emocionais e esses pensamentos tendem a gerar conflitos e por sua vez, mais dúvidas em relação à escolha de migrar para um visto de partner.


Ainda tem a pressão das famílias envolvidas, que muitas vezes querem que se faça um casamento, querem envolver a família estendida, tios, primos, e, o casal em si não se sente pronto para esse movimento que eles estão tentando impor.


Todos esses elementos acabam gerando brigas e desentendimento entre o casal, fazendo com que muitas pessoas se isolem nas suas dores e medos e sintam que não tem com quem conversar.


Busque o apoio dos amigos, da família e de pessoas em quem você confia, não tente lidar com tudo isso sozinho (a).


É importante dividir as suas inquietações com as pessoas do seu convívio, mesmo que essas pessoas não estejam próximas, participando do seu dia a dia e não consigam entender plenamente aquilo que você está passando, ouvir uma palavra amiga em um momento de dificuldade pode fazer uma grande diferença.


Se você sente que não tem esse suporte, um canal de comunicação com as pessoas que você ama, ou ainda, você não acredita que essas pessoas podem te acolher na profundidade que você precisa, busque a psicoterapia, esse pode ser o auxílio necessário para você atravessar esse momento difícil.


Às vezes, quando estamos vivenciando um problema, desenvolvemos uma visão de túnel em que aquela saída parece ser a única, mas, nem sempre é.


O casamento com o propósito de um visto é algo que pode trazer muitos problemas no futuro se não for pensado e trabalhado emocionalmente pelas pessoas envolvidas.

Se você se identificou com os assuntos tratados neste post e gostaria de aprofundar-se no autoconhecimento através da psicoterapia ONLINE, entre em contato comigo clicando aqui. Desta forma eu poderei explicar mais sobre o meu trabalho para você e você poderá tirar dúvidas sobre a psicoterapia ONLINE.


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Quem escreve:


Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui.

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