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Morando no exterior: “Ter filhos sem rede de apoio é pior do que eu imaginava”


Depois de algum tempo morando no exterior e com alguns aspectos da vida já consolidados, algumas pessoas decidem encarar a jornada da maternidade e da paternidade, decidem criar uma família.


No início, com a novidade que aquilo representa, existe uma comoção entre os amigos e as pessoas ao redor, todos estão envolvidos na expectativa gerada pela chegada daquela criança.


Esse entusiasmo de todos em função da emoção de ter um novo membro na família, faz com que eles demonstrem e até mesmo prometam que estarão presentes em todo desenvolvimento da criança, desde o nascimento até as festinhas de aniversário.


E dão a entender que aquele casal poderá contar com um suporte nos momentos de necessidade, que haverá uma rede de apoio com quem eles poderão contar na hora da dificuldade e também para ter os seus momentos de lazer, deixando a criança com alguém em quem eles confiam.


Acontece, que em muitos casos as expectativas acabam sendo frustradas. Quando essa criança efetivamente vem ao mundo e as dificuldades começam, principalmente quando se trata de pais de primeira viagem, as coisas realmente tendem a ficar muito difíceis de serem enfrentadas sem o apoio de outras pessoas.


Inicialmente o casal tenta fazer um grande malabarismo e dar conta de todas as atividades que se apresentam, tanto as tarefas relacionadas ao bebê, como as tarefas de casa e do trabalho.


Com o passar do tempo alguns se adaptam a nova rotina e as coisas começam a fluir. Mas, para algumas pessoas, essas tarefas nunca chegam num lugar de acomodação.


Algumas crianças podem apresentar problemas de saúde, problemas comportamentais, dificuldades de adaptação a novas fases, exigindo a presença constante dos pais.


Essas situações fazem com que muitas atividades acabem sendo deixadas de lado, afetando profundamente o psicológico dos pais que também passam a ter problemas no cuidado com a criança, seja porque se cobram demais ou por não conseguirem dar a devida atenção ao filho naquele momento.


Em outros casos é o lado profissional que fica prejudicado e as pessoas acabam se culpando e se martirizando por não estarem conseguindo dedicar todos os esforços necessários para manter o emprego.


O receio de perder o trabalho faz com que muitas pessoas entrem em estado de paranoia e embotamento emocional, visto que a segurança financeira da família depende daquela fonte de renda.


São nesses momentos de grandes dificuldades, que o casal recorre ao grupo de amigos ou aos familiares que estiveram tão presentes nos momentos iniciais da gravidez e da vida da criança, para buscar apoio e suporte.


Porém, esse apoio, esse suporte, nem sempre vêm de maneira rápida e espontânea, as pessoas muitas vezes, não estão dispostas a deixar as suas atividades para irem ajudar naquele momento de dificuldade.


Ainda que se tratem de pessoas muito próximas, como um irmão, um pai, uma mãe ou um amigo de infância, cada um tem a sua rotina, seus planos e seus compromissos.


No caso dessa ajuda envolver pessoas que moram no Brasil ou em outro país, existe uma certa culpabilização dos pais por estarem vivendo aquela situação sem uma rede de apoio, já que muitos tem a ideia de que foram eles que escolheram estar longe das suas famílias e do seu local de origem nesta empreitada.


Esse julgamento pode ser percebido em algumas falas ditas diretamente aos pais que estão buscando apoio, ou indiretamente, através de alguns comportamentos das pessoas que antes tinham se colocado à disposição e que agora estão os culpabilizando pelo problema que estão vivenciando.


Além da dificuldade que esses pais já estão enfrentando com a criança, com as tarefas domésticas e as atividades laborais, este afastamento da rede de apoio pode representar um peso ainda maior na sua saúde mental, que se deteriorando pode afetar não só o desenvolvimento da criança, mas também a relação conjugal.


Muitos casais que estão experenciando situações como essa, entram em crise e pensam que a separação pode ser a solução, com a ideia de que dividindo a guarda do bebê terão mais tempo para cuidar de si e das suas atividades, passando a ter mais disposição e maior prazer na hora de tomar conta do filho (a).


É importante entender que a separação nem sempre é a melhor saída e que para lidar com questões de relacionamento ou até mesmo questões individuais que se tornam penosas, o acompanhamento psicológico se torna uma ferramenta essencial.


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Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking. Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a auto-regulação e ajustamento criativo do indivíduo. Agende uma sessão informativa sobre a psicoterapia online, sem nenhum custo, clicando aqui.


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