A construção de laços de amizade é um processo natural do ser humano. Se sempre vivemos no mesmo lugar, é comum que ainda tenhamos contato com nossos amigos de infância. Agora, com o advento da tecnologia, podemos manter contato regular com queridos amigos que moram longe também. Durante a infância, adolescência e início da vida adulta, fazer amizades parece um processo orgânico, que não exige um grande esforço. Essa rede de afeto que vai se formando ao longo da nossa vida é fundamental durante os altos e baixos que enfrentamos. Amigos são pessoas com quem dividimos experiências, construímos memórias e a quem confiamos nossos segredos mais íntimos. Acontece que, para quem decidiu morar fora do Brasil, fazer novas amizades é uma necessidade e, muitas vezes, um processo que já não ocorre tão naturalmente.
Para os que estão estudando línguas, fazer intercambio pode ser como voltar à época de escola. Estuda-se um turno do dia, muitos colegas novos, diversas festas multiculturais... enfim. Parece que está se constituindo uma rede de amizades, mas depois de um tempo todos começam a trabalhar, mudam de escola, casam-se ou mudam-se para outro país. Para quem decidiu morar no exterior para fazer uma pós-graduação, a realidade pode ser ainda mais complicada, pois adiciona-se à mistura a pressão e o stress de um grande desafio. Aqueles que vivem no exterior por conta do trabalho também podem encontrar muitas outras pedras no caminho, já que têm que se adaptar ao mercado competitivo, sem conhecer exatamente as regras do jogo naquela cultura. Nesse período inicial, a saudade dos que ficaram no Brasil também pode ser um fator que atrapalha a adaptação ao novo contexto. Assim, fazer amizades pode se tornar uma tarefa complicada.
Os amigos no Brasil continuam se encontrando, fazem festas de aniversário, tiram fotos em viagens de fim de semana, participam da vida uns dos outros... e nós do outro lado da telinha de um computador, ou de um aparelho celular, tentamos participar. Não é a mesma coisa. A realidade, então, bate à porta. É preciso fazer BOAS amizades no novo país; amizades com pessoas com as quais possamos contar. Amigos de verdade como os que lá deixamos. Mas como? A busca por novas amizades pode se iniciar frequentando um grupo religioso ou em aplicativos que proporcionam encontros para pessoas que tem os mesmos interesses. Tudo é válido, mas você começa a perceber que fazer amizades demanda esforço. Tem que ir nos eventos mesmo estando cansado, tem que se disponibilizar para o outro mais do que esperar retribuição e tem que iniciar muitas amizades “vazias” até que uma ou outra realmente torne-se uma amizade verdadeira; aquelas que estão ali para o que der e vier. A verdade é que num mundo de curtidas, comentários e seguidores, verdadeiros amigos ainda são uma joia rara.
Compartilhe esse texto com os seus poucos e bons, agradecendo pela amizade! Se você está enfrentando problemas com a solidão ou com dificuldades de relacionamento, pode me procurar para uma consulta clicando AQUI . Com apoio psicológico, fica mais fácil lidar com as questões que estão se apresentando para você neste momento.
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Camila Couto e Cruz é psicóloga com formação em Gestalt-Terapia e doutorado em Psicologia Social pela University of Queensland; uma das 50 melhores universidades do mundo, de acordo com o QS World University Ranking.
Camila trabalha com psicoterapia na modalidade online, atendendo brasileiros que vivem no exterior através de uma abordagem dinâmica, voltada para a autorregulação e ajustamento criativo do indivíduo.
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